A área de influência inicial do projeto tem como ponto de partida a estação de trem Vila Olímpia e considera como alcance do pedestre a região delimitada no mapa. A margem oeste do rio Pinheiros encontra-se fora do perímetro em razão da ponte mais próxima com calçada situar-se a cerca de 800 metros de distância. O projeto tem o intuito de aproximar a borda oposta, integrando-a na rede de transporte público da cidade, de modo a criar nova área de influência pela transposição direta desse obstáculo formado pelas avenidas marginais, a ferrovia e o próprio curso d’água. Além disso, com base na mesma duração de percurso estabelecido como viável a partir da estação (por volta de 15 minutos), a  bicicleta permite maior abrangência, dobrando a superfície de ação, a partir da inserção desse meio de deslocamento no sistema viário.

 

O aprimoramento da rede cicloviária proporciona não somente segurança ao trajeto, mas também malha interligada e conectada a outros modais, permitindo o convite da adoção da bicicleta no cotidiano das pessoas como maneira auxiliar de circulação. Elementos de apoio aos ciclistas caracterizam-se como essenciais para a viabilidade dessa medida, como as já existentes estações de empréstimo de bicicleta, paraciclos e bicicletários. O desenho urbano apresenta papel  fundamental no incentivo a determinadas escolhas do meio de locomoção dos transeuntes, de acordo com a qualidade do conforto e segurança nos ambientes de passagem, e no estímulo ao usufruto de espaços públicos de permanência e lazer.

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O foco do estudo reflete a mobilidade do pedestre e a implantação da rede cicloviária integrada aos diversos modos de transporte. A escala do pedestre define-se como diferente à equivalência do automóvel, principalmente quanto à velocidade da passagem e das percepções do entorno convivido. A via, onde o cerne deixa de ser a faixa de rolamento e transforma-se em calçada, que toma conta e se espraia, será observada de maneira diversa pelos principais usuários, atentos à detalhes e sensações. A qualidade e padrão do piso, a sombra, o mobiliário urbano como bancos, lixeiras, paraciclos, canteiros de vegetação, surgem como figuras imprescindíveis na composição desse novo ambiente, espaço de circulação e permanência.

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Resultado do Concurso: Vitruvius, USPCidades, Pini e WRI Cidades.

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